Números em Poços de Caldas, Pouso Alegre e Varginha estão abaixo do esperado. Governo de Minas decidiu estender campanha até novembro. Cidades do Sul de Minas ainda não atingiram metade da meta de vacinação contra Poliomielite
Reprodução/EPTV
A campanha de vacinação contra poliomielite, doença conhecida popularmente como paralisia infantil, foi prorrogada em todo estado pelo Governo de Minas Gerais, até o dia 20 de novembro. A campanha terminaria esta semana. No Sul de Minas, nenhuma das três maiores cidades atingiu a meta de vacinação.
De acordo com um memorando publicado pela Secretaria de Estado de Saúde, todo estado está abaixo da meta preconizada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Na região, segundo dados das secretarias de saúde, em Poços de Caldas foram vacinadas 44,38% da meta estabelecida para o município; em Varginha, 42,08% e em Pouso Alegre, com o menor número entre as três, foram 40,62%.
A vacina, fornecida de maneira gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é indicada para crianças de 1 a 4 anos. A expectativa é vacinar 95% das crianças de cada uma das cidades. Em Poços de Caldas, já foram vacinadas 3.093, do total de 6.969 da meta; em Varginha foram 2.706, de 6.430, e em Pouso Alegre foram 2.777, das 6.836 crianças.
Os pais ou responsáveis devem levar as crianças até um posto de saúde, com a carteirinha de vacinação. A vacina é em formato de gotinha, portanto é rápida e indolor.
Além disso, o Governo Estadual também prorrogou para a mesma data, 20 de novembro, a chamada de multivacinação para crianças e adolescentes menores de 15 anos. Nesta ação, o público indicado terá a oportunidade de atualizar o cartão com vacinas que ainda não tenham sido tomadas.
Poliomielite
A poliomielite, conhecida como paralisia infantil, é uma doença viral transmitida por água ou alimentos contaminados que atinge as crianças, principalmente menores de 4 anos. Esse vírus pode causar desde infecções mais leves, até problemas graves como a paralisia irreversível de membros do corpo.
De acordo com a infectologista Lívia Teixeira Vitale, o vírus já estava praticamente erradicado no mundo todo, porém houve um retrocesso. "Com a diminuição da vacinação, o vírus voltou a circular. A vacina é de extrema importância para conter a disseminação do vírus, visto que a doença ainda não possui tratamento específico".
Ainda segundo a infectologista, existem muitas informações falsas sobre a vacinação. "As vacinas são seguras e efetivas. A vacinação é importante porque além de proteger a saúde das crianças, também protege a população como um todo".
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*estagiária sob supervisão de Fernanda Rodrigues
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