Segundo a direção da "Casa do Vovô", dos 46 idosos que vivem na instituição, 30 testaram positivo para a doença estão assintomáticos. Uma morte é investigada e outro idoso está em observação hospitalar. Os idosos do asilo que registrou um surto de Covid-19 em Lavras (MG) foram imunizados com a 2ª dose da vacina no início de fevereiro. A maioria está assintomática. Um idoso está em observação hospitalar e outro, que testou positivo para a doença, morreu na terça-feira (11), mas conforme a Vigilância Epidemiológica, a morte pela doença ainda não foi confirmada.
Segundo a direção da "Casa do Vovô", 30 dos 46 idosos que vivem na instituição testaram positivo para a doença e estão assintomáticos, assim como dois funcionários da casa.
"Todos os idosos foram vacinados, tomaram a segunda dose em 04/02/21. Os funcionários também foram vacinados na mesma data, de acordo com o programa municipal de vacinação. Fomos a primeira Instituição de Lavras a receber vacina", contou ao G1 a coordenadora istrativa da casa, Viviane Coelho.
Asilo confirma infecção de 33 idosos pela Covid-19 em Lavras; todos foram vacinados
O idoso que morreu tinha 77 anos e era portador de diabetes e Alzheimer. Segundo a instituição, ele era natural de Uberaba (MG) e não tinha parentes.
Ele realizou o teste na última sexta-feira e o resultado positivo chegou no dia da morte. Conforme a Vigilância Epidemiológica, o caso ainda é tratado como óbito suspeito.
"Ele foi vacinado com os demais e aparentemente estava bem", informou coordenadora da instituição.
Em comunicado feito pelas redes sociais, a Prefeitura de Lavras confirmou surto de Covid-19 na instituição.
A istração municipal revelou que a situação é acompanhada pelas Vigilâncias Epidemiológica e Sanitária, além da Secretaria Municipal de Saúde
Tenda colocada na frente de portão separa idosos de familiares em lar de idosos, em Lavras
Viviane Coelho
Cuidados com os idosos
Segundo a coordenadora da instituição, a Casa do Vovô ainda não havia registrado nenhum caso da doença desde o início da pandemia. Ela diz que a instituição segue protocolos rigorosos desde o início para manter a segurança no local.
"As visitas foram suspensas, colocamos uma tenda na entrada da Casa, onde os vovôs recebem os parentes que ficam do lado de fora, cerca de 10 metros de distância e todos com máscaras. Nada é entregue aos idosos sem antes ar por higienização com hipoclorito e álcool. Quando os familiares trazem algo para os idosos, os cuidadores recebem, fazem a higienização e só após entrega para eles", contou a coordenadora.
Ainda segundo Viviane Coelho, cada quarto comporta dois idosos e o ambiente de refeição é comunitário.
"Temos um lindo jardim onde os idosos gostam de ficar e tomarem banho de sol. Por se tratar de uma "casa", todos que trabalham aqui são cuidadores de idosos. Todos os colaboradores têm muito amor e carinho pelos vovôs e vovós", completou.
Vacina reduz casos graves
A bióloga e divulgadora científica brasileira, Natalia Pasternak, explicou a função e importância da vacinação. As vacinas, de acordo com ela, reduzem as chances das pessoas ficarem doentes.
"As pessoas têm muita dificuldade de entender qual é a função de uma vacina. Elas acham que a vacina é mágica. Ou seja, tomou a vacina, está protegido; não tomou, vai ficar doente. Não é assim que vacinas funcionam. As vacinas reduzem a chance de ficarmos doentes, a chance de precisarmos de hospitalização e a chance de morrermos".
Denise Garrett, infectologista, ex-integrante do Centro de Controle de Doenças (CDC) do Departamento de Saúde dos EUA e atual vice-presidente do Sabin Vaccine Institute (Washington), destacou que "a vacina é uma ferramenta essencial para controlar a pandemia. O que as pessoas precisam entender é que o fato de terem ocorrido casos e até mesmo algumas hospitalizações e mortes (muito mais raras) entre vacinados não significa que a vacina não funciona. A vacina funciona e muito! Mas a proteção, apesar de alta para casos graves e óbitos, não é 100%".
Veja perguntas e respostas sobre a vacinação contra a Covid-19
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