"Eles estão lá há mais de uma semana, foi o prazo que a prefeitura havia dado para a gente. Agora vamos ter outras reuniões para decidir quanto tempo eles conseguem ficar ali. Eles precisam engordar primeiramente, a musculatura não se cria rápido, demora pelo menos três meses para começar a ganhar musculatura. E também a parte de vermifugação e vacinação que nenhum, na minha opinião, foi vacinado ou vermefugado algum dia", disse.
Santuário de animas de Camanducaia (MG) vai receber bezerros resgatados de maus-tratos em Cunha (SP)
Reprodução/EPTV
De Cunha, no interior de São Paulo, a Camanducaia, no Sul de Minas, onde fica o santuário, são 288 quilômetros, quase quatro horas de estrada.
Ao longo de dez anos, o santuário resgatou 250 animais. A maioria e de grande porte e vÃtima de maus-tratos. Mensalmente, são gastos cerca de R$ 80 mil em despesas entre alimentação e atendimento veterinário.
"Têm animais que possuem doenças que vão acarretar o que hoje seriam crônicas, que eles levam para o resto da vida. Então, sim, eles precisam ter acompanhamento médico veterinário para o resto da vida deles", falou o médico veterinário.
Médico veterinário do santuário estipula prazo para animais deixarem Cunha (SP) e irem para Camanducaia (MG)
Entenda o casoOs animais foram encontrados pela PolÃcia Ambiental no dia 2 de fevereiro, sem o a alimentação, água ou e veterinário, em situação de abandono. Ao todo, foram localizados 302 bezerros.
Na ocasião, o dono foi multado em R$ 900 mil e a Justiça determinou que desse tratamento aos animais, sob pena de multa diária de R$ 10 mil para cada animal em risco. Apesar da ação, os animais seguiram abandonados e a Justiça autorizou o resgate.
Na mesma semana, os bezerros resgatados foram levados a um hospital de campanha montado no recinto de exposições de Cunha, em um espaço cedido pela prefeitura. Os animais foram alimentados e depois encaminhados a hospitais veterinários, por ativistas e ONGs do direto animal.
A PolÃcia Civil investiga se os bezerros eram utilizados para aplicar golpes financeiros, por meio de esquemas de pirâmide.
A suspeita da polÃcia foi apresentada em uma reportagem do Fantástico no último domingo (13), que mostrou que os proprietários usavam os animais para fazer ofertas de investimento em gado nas redes sociais.
PolÃcia encontra 302 bovinos
em situação de maus-tratos
em Cunha, SP
Divulgação/ PolÃcia Ambiental
De acordo com a investigação, como nenhum bezerro da fazenda tem condições sanitárias para ser negociado, o negócio apresenta caracterÃsticas de pirâmide financeira. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público e pela PolÃcia Civil.