"Mais uma vez, o Superior Tribunal de Justiça reconheceu a ilegalidade da prisão preventiva decretada em desfavor do Sr. Wanilton Chagas. Nesse sentido, por entender que Wanilton estava em liberdade se defendo das acusações feitas pelo Ministério Público e por estar afastado há anos das atividades públicas, não havia a necessidade da prisão cautelar, uma vez que não existe nenhuma sentença condenatória prolatada em seu desfavor. Novamente, o princÃpio constitucional da presunção de inocência foi preservado pelo eminente Ministro do STJ", disse o advogado do ex-secretário, Weber Peixoto.
Segundo o advogado, o ex-secretário segue preso, mas deverá ser liberado nas próximas horas.OperaçãoSegundo o MP, o objetivo da nova fase da operação, deflagrada no dia 27 de maio, era reprimir crimes de lavagem de dinheiro proveniente de delitos contra a istração pública praticados na cidade pelo ex-secretário.
Segundo a denúncia, o ex-secretário, com o auxÃlio de terceiros a ele ligados por parentesco e afinidade, por meio de reiteradas operações de lavagem de dinheiro no mercado imobiliário, procurou ocultar valores provenientes de propina recebida e desvios praticados no exercÃcio do cargo.
Operação cumpriu mandados contra esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na Prefeitura de os, MG
Na primeira fase da operação, o Ministério Público já havia oferecido denúncia por 27 crimes de corrupção iva e outros seis de lavagem de dinheiro.
Segundo o MP, com a continuidade das investigações, foram identificadas dezenas de outras condutas praticadas com o mesmo modo de agir já revelado na primeira fase da investigação, permitindo o oferecimento de nova denúncia por 22 crimes de lavagem de capitais e o cumprimento de um mandado de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão.
Wanilton Chagas Cardoso estava foragido desde o dia da 1ª fase da operação, em 21 de março. No dia 19 de abril, ele chegou a conseguir um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que dava direito a ele de aguardar pelo julgamento em liberdade.
O advogado Weber Peixoto, que defende o ex-secretário, disse que a prisão era ilegal e abusiva, já que o cliente dele estava sob habeas corpus concedido pelo STJ. A defesa informou ainda que já havia levado ao conhecimento do ministro que concedeu o habeas corpus para que tome as medidas possÃveis contra quem é de direito.
MP e PM cumprem novos mandados contra esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na Prefeitura de os
Ministério Público - InvestigaçãoO ex-secretário é investigado por suposta participação em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na Prefeitura de os. Segundo o Ministério Público, ele recebeu, de 2014 a 2016, uma porcentagem em cima de todos os pagamentos realizados pela prefeitura de os para uma empresa terceirizada de mão de obra. Conforme o MP, ele também recebeu porcentagem do valor pago pela prefeitura para uma empresa de serviços de capina e varrição no municÃpio. O valor seria referente a despesas já inscritas em restos a pagar.
O Ministério Público aponta, ainda, que a ação contava com um esquema de ocultação de bens, através da qual o ex-secretário, utilizando-se de procurações públicas e "contratos de gaveta", realizou dezenas de operações de compra e venda de imóveis e veÃculos, sempre em nome de terceiros. Os rendimentos, de acordo com o MP, nunca foram oferecidos à tributação.
Segundo a Receita Federal, foi oferecida denúncia contra duas pessoas por 28 crimes de corrupção iva e seis crimes de lavagem de dinheiro. Na segunda-feira, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em concessionárias e condomÃnios de os, além de ordem de sequestro de imóveis e arresto de veÃculos com valores de até R$ 5,8 milhões.
A operação foi nomeada de "Eminência Parda". Ela é o desfecho das operações "Purgamentum", "Sacripanta" e "Quimera", que revelaram a existência de um esquema de corrupção no municÃpio de os em licitações e contratos públicos. A Receita Federal informou que a operação investiga gestões anteriores da prefeitura.