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"É revoltante", diz mãe de menino de três anos que acusa creche de MG de injúria racial e xenofobia

Por Jornalista Alair de Almeida, Diretor e Editor do Jornal Região Sul em 26/10/2022 às 20:16:28

Professora e monitora da unidade foram exoneradas pela Prefeitura de Ijaci (MG). Polícia Civil instaurou inquérito e investiga o caso. Polícia investiga caso de racismo e xenofobia contra criança de 3 anos em creche de MG

"A professora chamou ele de macaco africano, disse que macaco tem que comer com a mão, que tem que fazer igual o pessoal do país do pai dele. A gente ficou muito revoltado com a situação, é muito triste, é muito revoltante".

O depoimento é de Rayane Ferreira Teófilo, mãe de um menino de três anos que teria sido vítima de injúria racial e xenofobia em uma creche de Ijaci (MG).

De acordo com o relato de testemunhas, o menino era chamada de "macaco" pelas funcionárias e obrigada a comer apenas bananas. E, por ser de outro país, teria que comer com as mãos. Testemunhas disseram que alertaram a professora e a monitora sobre o ato, mas de nada adiantou.

Uma professora e uma monitora da unidade foram exoneradas após um boletim de ocorrência ser registrado sobre o caso ocorrido contra a criança, que é filho de um refugiado de Guiné-Bissau.

"Eu vim aqui [ao Brasil] em busca de uma oportunidade, eu queria a oportunidade que eu não tive na minha infância que o meu filho possa ter. Tudo estava indo bem, mas esse fato que aconteceu com meu filho, foi imoral", relatou Wayne Karter Có, pai da vítima.

Professora e monitora de creche são exoneradas após caso de injúria racial e xenofobia contra filho de refugiado em MG

Conforme a mãe da criança, que é brasileira, nas primeiras semanas o menino gostava de ir para a creche, mas posteriormente, não quis ir mais e não podia nem ver e mochila.

"Meu menininho sempre gostava de ir na escola. ou dias semanas e ele começou a ficar com medo de ir a escola. Mostrava a mochila dele e ele ficava com medo. Chegava da escola e ele ficava deitado, com um olhar triste. Eu, como mãe, percebia que estava acontecendo alguma coisa. Tinha que ar em algum lugar para dar algo para ele comer, porque nem alimentação davam a ele direito", disse a mãe.

O Conselho Tutelar descobriu o caso após ir à creche para averiguar um caso de possível agressão contra outra criança.

"Foi denúncia sobre uma outra criança. Quando chegamos à escola que conversamos com secretária de Educação, ela já estava tomando providências desta criança sobre a denúncia de agressão. Através desta denúncia veio desencadeando a outra sobre o outro menino. Ai fomos até a casa da mãe, comunicamos a ela o que estava acontecendo sobre a injúria racial. Levamos a mãe até Lavras onde foi registrado na Polícia Civil. De lá, encaminhamos tudo para o Minsitério Público", falou a conselheira tutelar, Eliana Mara dos Santos Peniche.

Professora e monitora de creche são exoneradas após caso de injúria racial e xenofobia contra filho de refugiado em MG

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, de Lavras, instaurou um inquérito para apurar o caso.

"Depois de iniciado o inquérito policial, nós demos início à colheita de depoimentos e declarações de todos os envolvidos, da mãe da vítima, do Conselho Tutelar que entrou no caso e, por fim, serão ouvidas as suspeitas", pontuou a delegada Ana Paula Arruda.

O que dizem a prefeitura e a professora

Através de uma rede social, o prefeito de Ijaci, Fabiano da Silva Moreti (MDB) e a secretária de Educação, Valéria Aparecida Fabri Ribeiro Lucas, disseram nesta segunda-feira (24) que as funcionárias eram professoras contratadas por processo seletivo e que elas foram exoneradas após comprovação dos fatos.

Ainda segundo o prefeito e a secretária, a criança não perdeu a vaga na creche, mas foi retirada da escola por decisão da família.

Em nota, a defesa da professora que foi exonerada disse que repudia todas as acusações sofrida por ela e que tem certeza que a inocência dela será comprovada após as investigações das autoridades competentes.


Fonte: G1 Sul de Minas e Polícias Civil e Militar

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