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Coronavírus: O Brasil e alguns países do mundo
A contagem mais recente de casos de covid-19 no Brasil foi divulgada pelo ECDC (Centro Europeu para Controle e Prevenção de Doenças) em 12.05, o 59º dia desde que o número de diagnósticos no país superou 100. Até essa data, o ECDC registrou 168331 casos da doença no país. Para comparar, os EUA haviam diagnosticado 1103781 casos no mesmo intervalo.
O Mundo HOJE - CORONAVÍRUS
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Os gráficos estão em escala logarítmica. Repare na ordem dos números no canto esquerdo: eles começam em 100, mas logo am para 1 mil, 10 mil e 100 mil.
Um gráfico mais tradicional, com uma escala linear que cresce normalmente, não iria mostrar a velocidade com que a doença se multiplica no início de um surto local.
Esse dado é crucial porque, como o novo coronavírus tem uma capacidade de crescimento exponencial, é tão importante olharmos para o ritmo de crescimento quanto para o total de casos.
Em outras palavras, quando medidas de contenção adequadas não são tomadas, o número de doentes pode explodir em um curto período de tempo. A conta não é difícil de entender.
Como cada pessoa com o vírus infecta em média outras duas, a progressão acontece da seguinte maneira: o primeiro caso gera mais dois. Estes dois geram mais quatro. Estes quatro geram mais oito. Esses oito geram 16. Esses 16 geram 32. Esses 32 geram 64. Esses 64 geram 128. Esses 128 geram 256
O último número é mais ou menos o patamar em que o Brasil se encontrava no dia 17 de março, poucos dias depois de governos estaduais e federais começarem a adotar medidas de contenção do contágio, como o fechamento do comércio em São Paulo e o cancelamento das aulas em universidades e escolas.
O Ministério da Saúde, entretanto, afirma que não tem condições de fazer testes diagnósticos em larga escala, o que contradiz as orientações da OMS. Hoje, o país só testa os casos suspeitos, o que pode fazer com que o número de casos fique subestimado.
Entretanto, se o ritmo de crescimento seguir como está, a conta continua. Esses 256 geram 512. Esses 512 geram 1024. (Calma, é agora que os números ficam interessantes!) Esses 1024 geram 2048. Esses 2048 gram 4096. Esses 4096 geram 8192. Esses 8192 geram 16384 E, aí, já estamos com mais 30 mil novos casos a cada geração de contágio.
É por isso que especialistas em saúde pública e a Organização Mundial da Saúde apostam suas fichas em estratégias que possam "achatar a curva" - ou seja, fazer com que os gráficos em disparada que você viu acima em países como Itália e Espanha fiquem progressivamente mais retos, como os da China ou da Coreia do Sul.
De acordo com um estudo divulgado pelo Imperial College London, com uma curva mais chata, a pandemia e as medidas de contenção devem durar um período longo, mas o número de pessoas com sintomas ao mesmo tempo seria menor. Isso evita a sobrecarga dos hospitais.
A alternativa é que a crise dure menos tempo, mas com uma taxa de infecções capaz de fazer o sistema de saúde entrar em colapso. Essa realidade, na projeção do estudo, pode deixar milhões de mortos.
Abaixo, veja como tem sido a resposta das autoridades de alguns dos países que mais foram atingidos pela doença:
Foi aqui que a epidemia começou, na cidade de Wuhan, ainda em dezembro de 2019. Depois de tentar esconder a gravidade do surto por semanas, o governo do país ou a estabelecer medidas rigorosas de distanciamento social e isolamento. No auge da crise, as cidades mais afetadas entraram em quarenta compulsória e generalizada, com controle rigoroso de quem saía de casa.
Dois meses depois dos casos arem das centenas, o número total de pessoas infectadas beira 100 mil, mas novos casos são raros. Hoje, o país limita a entrada de estrangeiros para evitar doentes "importados", ou seja, a entrada de estrangeiros que possam carregar o vírus de volta para o país.
Existe o temor, entretanto, que a doença possa voltar a se espalhar conforme o governo alivar as medidas restritivas - processo que já foi iniciado, mas que deve acontecer de modo gradual.
A resposta dos sul-coreanas foi, a partir daí, evitar casos parecidos com o do paciente 31. As autoridades de saúde aram a testar a população em larga escala para conseguir isolar as pessoas infectadas. Foram criadas barracas que fazem testes nas ruas e até em uma espécie de drive-thru.
No sábado, dia 14 de março, o governo estendeu para todo o país medidas de emergência anteriormente em vigor apenas na capital, Madrid. O chamado "estado de alarme" determina que 47 milhões de pessoas fiquem em quarentena, e que só saiam à rua sozinhas e para fazer compras ou trabalhar.
Cidadãos que desrespeitarem as normas estarão sujeitos a multas de até 600 mil euros ou prisão de um ano, nos casos mais graves, em que se constate danos à saúde pública.
Os serviços de transporte aéreo, ferroviário, terrestre e marítimo tiveram a oferta reduzida em pelo menos 50%. O comércio foi fechado, com exceção das atividades consideradas de primeira necessidade, como supermercados e farmácias, por exemplo.
Depois de desconsiderar a importância do coronavírus no começo da crise, o presidente Donald Trump determinou o fechamento dos aeroportos dos EUA para pessoas provenientes da Europa (com exceção de cidadãos norte-americanos).
As medidas mais fortes de restrição de circulação interna estão sendo tomadas por governos de Estados. Nas cidades de Nova York e San Francisco, por exemplo, há quarentena em vigor.
Escolas, universidades e atrações turísticas foram fechadas. O segundo turno das eleições municipais foi adiado. Na terça-feira, 17 de março, o presidente Emmanuel Macron ampliou as medidas restritivas: toda a população deverá permanecer em casa por pelo menos duas semanas. Apenas deslocamentos essenciais serão permitidos, e haverá punição para quem violar as regras.
Com a paralisação do transporte público, o governo determinou que veículos militares sejam usados para transportar doentes aos hospitais, em caso de necessidade.
A nação do Oriente Médio está entre as nações mais castigadas pela pandemia, com número de mortos menor apenas que China e Itália.
Depois de anunciar, no final de fevereiro, que não imporia nenhuma quarentena, o governo anunciou medidas para conter a circulação de pessoas. Templos e locais de peregrinação foram fechados.
A medida mais polêmica foi a libertação de cerca de 70 mil presos, por temor de alta contaminação e mortandade em presídios.
Segundo país que mais registrou casos da doença, depois da China, a Itália decretou quarentena nacional no dia 9 de março, expandindo uma medida anteriormente tomada apenas no norte do país.
A região da Lombardia concentra a maioria dos casos e teve o sistema hospitalar sobrecarregado. O número de mortos registrados no país é o maior do mundo desde o dia 19 de março.
Desde o dia 28 de janeiro, o governo tem poderes para determinar que pessoas com suspeita de contaminação façam exame obrigatório e fiquem em isolamento. As autoridades também têm poder de ordenar hospitalizações e tratamentos.
A grande dúvida é se o país manterá a realização dos Jogos Olímpicos, marcados para o final de julho.
Depois de resistir à ideia, o governo britânico decidiu determinar o fechamento das escolas. Apenas alguns estabelecimentos permanecerão abertos para atender aos filhos de servidores públicos que seguirão trabalhando durante a crise, como policiais e pessoal da área médica.
O plano inicial do primeiro-ministro Boris Johnson era o de adotar medidas paliativas e tentar empurrar o pico da pandemia para o verão. Um estudo de especialistas do Imperial College London, publicado no dia 16 de março, fez o governo mudar de ideia. O material indicou que haverá milhares de mortes a mais caso não sejam adotadas imediatamente medidas de supressão de mobilidade.
COVID-19 e o mundo - dados atualizados até 12 de maio de 2020