Minas deve ter pico de Covid-19 em meados de julho.
Mais uma vez, Minas Gerais bate o recorde de diagnósticos e de mortes decorrentes da Covid-19 em 24 horas. Nesta quarta-feira (3), segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, o estado tem 12.010 casos confirmados e 306 óbitos. Outras 201 vítimas estão com as mortes em investigação.
Foram 1.071 novos casos e 17 novos óbitos em relação à véspera. Até então, o recorde de casos em um dia tinha sido registrado no domingo (31 de maio), com 834 novos diagnósticos.
Segundo o balanço da SES desta terça-feira, foram feitos 22.976 testes para a doença até o momento – 564 a mais em um dia.
A SES parou de divulgar o número de casos suspeitos da doença que, segundo dados mais recentes, ava de 101 mil.
Casos por município
O município com mais casos da doença é Belo Horizonte (2.029), com 51 mortes, seguido de Uberlândia (1.031) e Juiz de Fora (625).
Ao todo, já houve ao menos um caso de coronavírus em 465 municípios mineiros – mais da metade do estado.
Distribuição de casos de coronavírus em Minas em 31 de maio de 2020. Mais da metade dos municípios mineiros tiveram Covid-19.
- Lima Duarte - mulher de 78 anos
- Teófilo Otoni - mulher de 67 anos e homem de 60 anos
- Santa Luzia - homem de 67 anos
- Miraí - homem de 25 anos
- São João Del Rei - mulher de 80 anos
- Betim - homem de 73 anos
- Contagem - mulher de 78 anos, homem de 64 e homem de 55 sem fator de risco
- Visconde do Rio Branco - mulher de 77 anos
- Carangola - homem de 80 anos e homem de 68 anos
- Ipatinga - mulher de 96 anos
- Betim - mulher de 50 anos sem fator de risco
- Patrocínio - mulher de 94 anos
- Orizânia - homem de 56 anos
Nesta quinta-feira (28 de maio), o G1 mostrou, em levantamento exclusivo, que as mortes demoram em média uma semana para entrar no boletim da Secretaria de Estado de Saúde, com casos que chegam a levar 68 dias.
Perfil dos pacientes
A maioria dos pacientes que morreram em decorrência do novo coronavírus são homens: 53% do total. E idosos: 76% tem mais de 60 anos. Além disso, 88% dos óbitos ocorreram em pacientes que já tinham fatores de risco, principalmente hipertensão, diabetes e cardiopatia.
No início da pandemia, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) informava qual era a comorbidade de cada paciente que havia morrido com a Covid-19. Em abril, no entanto, a pasta parou de informar. Questionada, a SES disse que, pela "possibilidade de ocorrência em municípios de pequeno porte", "os pacientes podem ser facilmente identificados, quando descritas características específicas". "Assim sendo, no intuito de mantermos a confidencialidade das informações fornecidas pelos pacientes e/ou familiares, amos a não mais divulgar o descritivo detalhado de informações por paciente".
O município com mais mortes até agora foi Belo Horizonte, com 51. Em seguida, Juiz de Fora, na Zona da Mata, com 30 óbitos, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com 21.