As datas de coleta foram de 1º de março até o dia 12 de abril deste ano. Com 74,12%, a variante mais frequente no Estado de Minas Gerais foi a gama (P1). Dos 853 municípios de Minas Gerais, 282 foram amostrados. Foram caracterizadas 1.198 amostras, sendo que 175 foram coletadas no Sul de Minas.
Na Regional de Saúde de Alfenas foram coletadas 33 amostras. Em 81,82% das amostras foi encontrada a presença da variante gama. Na Regional de os (MG), 21 das 27 amostras indicaram a presença da variante gama, isto corresponde a 77,78%.

Outras variantes
O estudo também aponta a presença da variante zeta (P2), Alfa (B.1.1.7) e outras ainda não identificadas. Na Regional de Alfenas, as amostras apresentaram 6,06% da variante zeta e 12,12% de outras variantes. Não foi encontrada a presença da variante alfa.
Na Regional de os, foram detectados 11,11% da variante zeta, 3,70% da variante alfa e 7,41% das outras variantes não identificadas. Na Regional de Pouso Alegre, a variante zeta foi encontrada em 18,84% das amostras. A alfa em 1,45% e as outras 2,90%.
Na Regional de Varginha, as amostras apresentaram 4,35% da variante zeta, 2,17% da variante alfa e 4,35% de outras variantes.
Segundo o estudo, trata-se de um estudo em andamento e as amostras classificadas como "outras variantes" serão sequenciadas o genoma completo. Os pesquisadores recomendam que as providências cabíveis sejam tomadas pelos órgãos estaduais e federais competentes no controle da dispersão das variantes da Covid-1Segundo o professor de epidemiologia da Unifenas, estas pesquisas são fundamentais para compreender a pandemia e o comportamento do vírus.
"É como se a gente pudesse conhecer a identidade do vírus e entender melhor como acontece a propagação e o espalhamento da doença em diferentes regiões", explicou Vinício Rocha.
O professor também falou sobre e eficácia das vacinas contra as variantes.
"Tanto a variante gama como a alfa mostram pra gente que elas conseguem ser contidas pelas vacinas, até o momento. Entretanto elas têm maior transmissibilidade e, sobretudo a gama, tem um escape da nossa defesa e pode levar a indivíduos contaminados a reinfecção", afirmou.