Novo programa da SES-MG vai rear verba apenas para unidades públicas, o que não é o caso do hospital, que é privado. Hospital Santa Lúcia pode perder credenciamento para serviço de urgência em Poços
Depois de um programa estadual, o Hospital Santa Lúcia, de Poços de Caldas, pode não conseguir mais participar da rede de urgência. Isso porque, o Valora Minas vai destinar os rees da atenção básica para unidades públicas e, por isso, hospitais privados, como o Santa Lúcia, não podem participar.
Para que o hospital não perca esse credenciamento, a direção do Santa Lúcia já se movimenta para tentar impedir. Assad Aun Netto, que é diretor do Hospital Santa Lúcia, destaca o atendimento feito 24 horas por dia pela rede de urgência e emergência. Segundo ele, o Santa Lúcia é um hospital privado que atende o SUS.
"Nós atendíamos, atendemos ainda porque não foi modificado nada, pela rede de urgência e emergência, 24 horas por dia. É o único hospital que coloca um serviço dessa categoria 24 horas por dia. Salvamos muitas pessoas. O que acontece é que o governo criou o programa Valora Minas. Nesse programa, eles juntaram todas as verbas de outros programas e colocaram nesse que estão criando. Nesse programa, eles criaram o regulamento de que só podem participar hospitais filantrópicos. E nós não somos filantrópicos, nós somos privados. Mas não somos um hospital privado que atende o SUS. Essa estrutura nós já salvamos mais de 8 mil pacientes infartados em seis anos. Mais de 20 mil pacientes em 11 anos. E toda região reconhece esse nosso trabalho", falou.
Hospital Santa Lúcia pode perder credenciamento para serviço de urgência em Poços de Caldas (MG)
Divulgação/Prefeitura de Poços de Caldas
O Secretário de Saúde de Poços de Caldas, Carlos Mosconi, comentou sobre o caso. De acordo com ele, a prefeitura tem se movimentado para que os rees continuem sendo feitos para o Hospital Santa Lúcia.
"Nós estamos tomando as providências, estamos conversando com a Secretaria. Já tive duas reuniões online com a secretaria e expus os motivos. E já tive uma conversa com o procurador do estado de MG, que foi muito receptivo com a nossa ponderação. Espero que as coisas possam caminhar para um entendimento. O que nós queremos no fim é que os pacientes não sejam prejudicados e não corram desnecessariamente um risco de vida", disse o secretário.
A produção da EPTV, afiliada Rede Globo, entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais para saber detalhes sobre o tema. Até esta publicação, o órgão estadual não havia respondido.