Segundo o Corpo de Bombeiros, dez mortes foram confirmadas até o momento. O Corpo de Bombeiros seguirá nas buscas pelos desaparecidos da tragédia que assolou a cidade de Capitólio (MG). Somente as buscas por mergulho serão interrompidas no perÃodo noturno. As buscas por avião não foram possÃveis devido às más condições de tempo.
Pedra desliza sobre turistas em CapitólioEntenda o Acidente em CapitólioUm deslizamento de pedras no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), a cerca de 300 km de Belo Horizonte, atingiu quatro embarcações, com pelo menos 34 pessoas, neste sábado (8), e causou sete mortes. ferindo 32 pessoas
Veja o que se sabe até agora:O deslizamento ocorreu por volta de 12h30. Ainda não se sabe o que causou o acidente
Quatro embarcações foram atingidas, segundo os bombeiros
Dez pessoas morreram. Ao menos 4 seguem internadas
Uma equipe de mergulhadores está no local e não há previsão de término das buscas (elas foram suspensas durante a noite e serão retomadas no domingo)
27 pessoas foram atendidas e liberadas
A primeira informação dos bombeiros dava conta de 20 desaparecidos, mas o número foi atualizado para 4 e agora não há nenhuma pessoa desaparecida.
Bombeiros e PolÃcia Civil estão no local; a Marinha foi acionada e vai investigar a causa
Defesa Civil havia emitido um alerta sobre chuvas intensas na região com possibilidade de "cabeça d'água", e Marinha também investiga porque os eios foram mantidos
Mortes no acidente de Capitólio
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou 10 mortes pelo deslizamento.
As vÃtimas são 3 mulheres e 4 homens, informou o delegado de Capitólio; ninguém foi identificado ainda.
DesaparecidosO coronel dos bombeiros Edgard Estevo, disse primeiramente que a estimativa é que 20 pessoas estivessem desaparecidas. Entretanto, em entrevista para a EPTV, afiliada Globo, o tenente Pedro Aihara afirmou que atualmente são quatro pessoas desaparecidas e que eles conseguiram contato com as outras vÃtimas.
De acordo com o coronel, 40 bombeiros e mergulhadores estão no local do acidente, mas as buscas estão suspensas durante a noite.
Feridos no desabamento num Canyon de CapitólioSegundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, 32 pessoas foram atendidas por causa do acidente, a maioria com ferimentos leves.
Dessas, 27 foram atendidas e liberadas: 23 delas da Santa Casa de Capitólio e outras 4 da Santa Casa de São José da Barra, a 46 km de Capitólio.
Outras 4 pessoas, ao menos, seguem internadas:
2 pessoas com fraturas expostas foram para a Santa Casa de Piumhi, a cerca de 23 km de Capitólio;
2 pessoas seguem internadas na Santa Casa de os, a 74 km de Capitólio; a terceira pessoa que estava internada em os foi para um hospital particular – por isso, os bombeiros não têm informações sobre o estado de saúde dela.
Ninguém foi identificado até agora. Guarnições de os e Piumhi foram deslocadas para a região para prestar atendimento às vÃtimas.
Canyon é Lugar turÃstico muito visitadoA região de Capitólio e outras cidades banhadas pelo Lago de Furnas, no Centro-Oeste de Minas, é bastante procurada por turistas por sua beleza natural.
Assim como outras partes do estado, a região tem sido atingida pelas chuvas recentes: na sexta-feira (7), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) havia emitido um alerta de chuvas intensas, que durariam até a manhã deste sábado.
Neste sábado (8), Defesa Civil de Minas Gerais havia feito um alerta sobre chuvas intensas e a possibilidade de ocorrências de "cabeça d'água' em Capitólio, mas não há confirmação que essa foi a causa do acidente. A Marinha disse que investiga o motivo de os eios serem mantidos.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas, Pedro Aihara, explicou que a formação rochosa do local é do tipo sedimentar, o que torna as estruturas dos paredões frágeis, e a quantidade de chuvas agravou a situação por acelerar a erosão. Veja a explicação sobre a situação do solo:
Forma como rocha caiu em Capitólio (MG) agravou situação, diz bombeiro
"A gente tem uma formação rochosa que é basicamente composta por rochas sedimentares, então são rochas que naturalmente têm uma resistência muito menor à atuação dos ventos, da água, dos elementos naturais que atuam sobre a região", explicou Aihara.
"Uma outra situação que acabou infelizmente agravando foi porque a rocha cai numa trajetória perpendicular. Geralmente, quando a gente tem ruptura por tombamento, a rocha sai de uma forma mais fatiada, ela escorre por aquela estrutura e cai de uma forma ou diagonal ou então mesmo em pé. Nesse caso, como a gente teve esse tombamento perpendicular, e pelo tamanho da rocha, a gente acabou tendo essas pessoas diretamente afetadas", explicou o bombeiro.
Para o especialista em gerenciamento de risco, Gustavo Cunha Melo, uma tromba d'água – inicialmente citada pelos bombeiros como motivo do deslizamento – pode ter agido como um gatilho para o deslizamento, mas não foi necessariamente a causa do problema.
Para Melo, a rocha se
desprenderia de qualquer jeito,
por causa da erosão:
"Essa rocha já estava com muita erosão, totalmente fragmentada, ela iria desabar em algum momento. A tromba d"água pode explicar o desabamento neste momento? Pode, assim como também não precisava nada – ela ia desabar em algum momento por erosão, por um processo natural", afirmou.
Nesses casos, segundo
o especialista, o gerenciamento
de risco consiste em isolar o local.
"Não tem muito o que fazer nessas situações. O gerenciamento de risco é: manter distância. Você tem que isolar a área. A única gestão de risco que é feita é isolar a área. Infelizmente ali as embarcações estavam muito próximas e o desabamento aconteceu nesse mesmo momento", explicou Melo.
O geólogo Fábio Braz, da Sociedade Brasileira de Geologia, relacionou o desprendimento das rochas às chuvas – intensas e por um longo perÃodo – e classificou o acidente como "raro":
"Fica cada vez mais evidente que realmente as fortes chuvas contribuÃram para a queda desse bloco. Esse fraturamento vertical é tÃpico de regiões de cânion. A gente também observa nos cânions do Rio São Francisco o mesmo tipo de feição", explicou.
Marinha vai apurar causasPor meio de nota, a Marinha do Brasil informou que um inquérito será instaurado para apurar causas, circunstâncias do acidente (Veja nota completa mais abaixo).
A PolÃcia Civil de Minas informou que está no local para identificar os danos e as causas do acidente.
Confira a Ãntegra da nota da MarinhaA Marinha do Brasil informa que tomou conhecimento de um acidente, no fim da manhã de hoje, após deslizamento de rochedo atingir embarcações que navegavam a região dos cânions, em Capitólio-MG.
A DelFurnas deslocou, imediatamente, equipes de Busca e Salvamento (SAR) para o local, integrantes da Operação Verão ora em andamento, a fim de prestar o apoio necessário às tripulações envolvidas no acidente, no transporte de feridos para a Santa Casa de Capitólio, e no auxÃlio aos outros órgãos atuando no local.
Um inquérito será instaurado para apurar causas, circunstâncias do acidente/fato ocorrido.