(piloto da lancha)Mulher de 43 anos, natural de Cajamar (SP)Jovem de 18 anos, natural de PaulÃnia (SP)Homem de 67 anos, natural de Anhumas (SP)Mulher de 57 anos, natural de Itaú de Minas (MG)Jovem 24 anos, natural de Campinas (SP)Homem de 35 anos, natural de os (MG)Jovem de 14 anos, natural de Alfenas (MG)Homem de 37 anos, natural de Itaú de Minas (MG)Trabalho de buscas e identificação

Impacto da rocha na água lança as embarcações para frente e duas são afundadas
PolÃcia Civil identifica primeira vÃtima de acidente em CapitólioA PolÃcia Civil confirmou na manhã deste domingo a identidade de um dos mortos no acidente. Segundo o delegado regional da PolÃcia Civil de os, Marcos Pimenta, é Júlio Borges Antunes, de 68 anos.
Ele era de Alpinópolis (MG). O corpo já foi liberado para a famÃlia e deve ser enterrado ainda neste domingo (9) em São José da Barra (MG).

Em nova entrevista na tarde de domingo, as autoridades informaram que uma segunda pessoa foi identificada, mas, até 16h30, o nome não tinha sido divulgado.
Tragédia em Capitólio: o que se sabe até agoraPrefeito de Capitólio diz que não tinha trabalho de prevenção no local
Erosão e infiltração da chuva podem ter causado queda, dizem especialistas

Destroços de lanchas destruÃdas pelo impacto da enorme rocha que se desprendeu do paredão
Sobrevivente que estava em lancha atingida relata pânico com queda do paredão
Sobrinha procura por tios desaparecidos após desabamento de pedras em MG: "estamos angustiados"
Investigação sobre as causas do acidenteAinda não se sabe o que provocou o acidente. Além da PolÃcia Civil, a Marinha informou que um inquérito será instaurado para apurar as causas do deslizamento de pedras no Lago de Furnas.

O Paredão com uma grande fissura antes que houvesse o desprendimento da rocha
Segundo balanço divulgado pelo Corpo de Bombeiros na manhã deste domingo, 50 militares estiveram empenhados na operação de busca, entre bombeiros militares e militares da Marinha do Brasil; 11 mergulhadores dos bombeiros empenhados, especialistas nesse tipo de operação e já familiarizados com a área de busca; 4 lanchas e 3 motos aquáticas da Marinha e dos bombeiros lançadas no local de busca já delimitado, além do apoio de 7 viaturas.
O que se sabe até agora:O deslizamento ocorreu por volta de 12h30 do sábado dia 08. Ainda não se sabe o que causou o acidente
Quatro embarcações foram atingidas, segundo os bombeiros
Dez pessoas morreram. Ao menos 2 seguem internadas
Uma equipe de mergulhadores está no local e não há previsão de término das buscas (elas foram suspensas durante a noite e foram retomadas no domingo)
27 pessoas foram atendidas e liberadas
A primeira informação dos bombeiros dava conta de 20 desaparecidos, mas o número foi atualizado para 3 logo depois
Bombeiros e PolÃcia Civil estão no local; a Marinha foi acionada e vai investigar a causa
Defesa Civil havia emitido um alerta sobre chuvas intensas na região com possibilidade de "cabeça d'água"; Marinha também investiga por que os eios foram mantidos
Mortes na tragédia de CapitólioO Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou 10 mortes pelo deslizamento.
Já foram confirmados que entre as vÃtimas, há 5 homens e 2 mulheres; não foram divulgados os outros gêneros.
O coronel dos bombeiros Edgard Estevo, disse primeiramente que a estimativa era que 20 pessoas estivessem desaparecidas. Entretanto, em entrevista para a EPTV, afiliada Globo, o tenente Pedro Aihara afirmou que seriam quatro pessoas desaparecidas e que eles conseguiram contato com as outras vÃtimas. Pouco depois, o número foi atualizado para três desaparecidos.
27 Feridos na TragédiaSegundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, 32 pessoas foram atendidas por causa do acidente, a maioria com ferimentos leves.
Dessas, 27 foram atendidas e liberadas: 23 delas da Santa Casa de Capitólio e outras 4 da Santa Casa de São José da Barra, a 46 km de Capitólio.
2 pessoas com fraturas expostas foram para a Santa Casa de Piumhi, a cerca de 23 km de Capitólio;
Um paciente internado na Santa Casa de os, a 74 km de Capitólio, é um jovem de 26 anos e morador de Pimenta (MG).
Ele será deve ser operado nesta segunda-feira (10) e em seguida deve ter alta; a terceira pessoa que estava internada em os foi para um hospital particular e está estável.
Lugar turÃstico

Beleza e calmaria do local não previa a tragédia que iria acontecer
A região de Capitólio e outras cidades banhadas pelo Lago de Furnas, no Centro-Oeste de Minas, é bastante procurada por turistas por sua beleza natural.
Assim como outras partes do estado, a região tem sido atingida pelas chuvas recentes: na sexta-feira (7), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) havia emitido um alerta de chuvas intensas, que durariam até a manhã deste sábado.
Neste sábado (8), Defesa Civil de Minas Gerais havia feito um alerta sobre chuvas intensas e a possibilidade de ocorrências de "cabeça d'água' em Capitólio, mas não há confirmação que essa foi a causa do acidente. A Marinha disse que investiga o motivo de os eios serem mantidos.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas, Pedro Aihara, explicou que a formação rochosa do local é do tipo sedimentar, o que torna as estruturas dos paredões frágeis, e a quantidade de chuvas agravou a situação por acelerar a erosão. Veja a explicação sobre a situação do solo:
Forma como rocha caiu em Capitólio (MG) agravou situação, diz bombeiro
"A gente tem uma formação rochosa que é basicamente composta por rochas sedimentares, então são rochas que naturalmente têm uma resistência muito menor à atuação dos ventos, da água, dos elementos naturais que atuam sobre a região", explicou Aihara.
"Uma outra situação que acabou infelizmente agravando foi porque a rocha cai numa trajetória perpendicular. Geralmente, quando a gente tem ruptura por tombamento, a rocha sai de uma forma mais fatiada, ela escorre por aquela estrutura e cai de uma forma ou diagonal ou então mesmo em pé. Nesse caso, como a gente teve esse tombamento perpendicular, e pelo tamanho da rocha, a gente acabou tendo essas pessoas diretamente afetadas", explicou o bombeiro.
Para o especialista em gerenciamento de risco, Gustavo Cunha Melo, uma tromba d'água – inicialmente citada pelos bombeiros como motivo do deslizamento – pode ter agido como um gatilho para o deslizamento, mas não foi necessariamente a causa do problema.
Para Melo, a rocha se desprenderia
de qualquer jeito, por causa da erosão:
"Essa rocha já estava com muita erosão, totalmente fragmentada, ela iria desabar em algum momento. A tromba d"água pode explicar o desabamento neste momento? Pode, assim como também não precisava nada – ela ia desabar em algum momento por erosão, por um processo natural", afirmou.
Nestes casos, segundo o especialista, o gerenciamento de risco consiste em isolar o local.
"Não tem muito o que fazer nessas situações. O gerenciamento de risco é: manter distância. Você tem que isolar a área. A única gestão de risco que é feita é isolar a área. Infelizmente ali as embarcações estavam muito próximas e o desabamento aconteceu nesse mesmo momento", explicou Melo.
O geólogo Fábio Braz,
da Sociedade Brasileira de Geologia,
relacionou o desprendimento das rochas
às chuvas – intensas e por um longo perÃodo
– e classificou o acidente como "raro":
"Fica cada vez mais evidente que realmente as fortes chuvas contribuÃram para a queda desse bloco. Esse fraturamento vertical é tÃpico de regiões de cânion. A gente também observa nos cânions do Rio São Francisco o mesmo tipo de feição", explicou.
"É um fenômeno raro. Não descaracteriza o apelo turÃstico da região de Capitólio. É preciso, sim, que sejam tomadas, a partir dessa tragédia, as precauções necessárias, as distâncias, que seja calculado por especialistas na área de geotecnia qual a distância segura desses paredões", disse Braz.
ageiros tentaram avisar
Um segundo vÃdeo mostra ageiros de uma das lanchas tentando avisar sobre o deslizamento da pedra segundos antes de ela cair:
ageiros de lancha tentam avisar sobre desabamento de cânion em Capitólio, MG
Governador lamenta acidenteO governador de Minas, Romeu Zema (Novo), lamentou o acidente na rede social Twitter:
"Sofremos hoje a dor de uma tragédia em nosso Estado, devido às fortes chuvas, que provocaram o desprendimento de um paredão de pedras no lago de Furnas, em Capitólio. O Governo de Minas está presente desde os primeiros momentos através da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros", escreveu Zema.
Marinha vai apurar causasPor meio de nota, a Marinha do Brasil informou que um inquérito será instaurado para apurar causas, circunstâncias do acidente (Veja nota completa mais abaixo).
A PolÃcia Civil de Minas informou que está no local para identificar os danos e as causas do acidente.
Confira a Ãntegra da nota da MarinhaA Marinha do Brasil informa que tomou conhecimento de um acidente, no fim da manhã de hoje, após deslizamento de rochedo atingir embarcações que navegavam a região dos cânions, em Capitólio-MG.
A DelFurnas deslocou, imediatamente, equipes de Busca e Salvamento (SAR) para o local, integrantes da Operação Verão ora em andamento, a fim de prestar o apoio necessário às tripulações envolvidas no acidente, no transporte de feridos para a Santa Casa de Capitólio, e no auxÃlio aos outros órgãos atuando no local.
Um inquérito será instaurado para apurar causas, circunstâncias do acidente/fato ocorrido.