Festival de Inovação, Tecnologia, Criatividade e Música acontece entre os dias 15 e 18 de setembro em Santa Rita do Sapucaà (MG). As pessoas estão se deparando, a cada dia, com o avanço das máquinas. As novas formas de trabalhos e até mesmo de interações têm ganhado um espaço muito importante na vida humana. E ao consumir com tanta rapidez todas essas novidades, o nosso "eu" de agora contribui com a construção do homem do futuro. As atividades do HackTown mostram como deve ser esse processo a longo prazo.
A pandemia de Covid-19 é um exemplo de como as máquinas se mostraram capazes de superar o ambiente fÃsico, apesar de ser apenas um ponta pé perto de tudo que ainda está por vir. Os serviços em home office são grandes exemplos disso. Inclusive, muitas empresas ainda continuam utilizando essa ferramenta de trabalho.
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Tecnologia e humanidade: HackTown 2022 promove reflexões sobre o 'Homem do Futuro'
Régis Melo
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Com o avanço exponencial dessa tecnologia, que dobra de capacidade a cada dois anos, ocorre uma inserção de informações e possibilidades que levam a repensar tudo que é feito hoje nos modelos estabelecidos, principalmente, no viver de fato. É o que explica Antônio Marcos Alberti, coordenador do Laboratório de Tecnologia da Informação e Telecom do Inatel.
"Eu vejo que o ser humano do futuro vai ser resultado dessa convergência entre tecnologia, humanidade, metodologias e suas organizações, que vão se transformar a partir do encontro dessas coisas. O ser humano vai ser muito diferente do atual e tomara que com o um nÃvel de consciência mais alto, conseguindo perceber melhor o mundo que o cerca e tirando proveito dessas tecnologias para criar realidades positivas", afirma.
O elo entre o homem e a máquina pode transformar e solucionar coisas inimagináveis. Com um ser racional e outro que apesar de inanimado está ganhando autonomia, muitos problemas podem ser resolvidos. Mas é preciso ficar atento, pois manter as mesmas mentalidades e culturas com tanto avanço, pode ser problemático.
O g1 perguntou ainda ao Antônio, que também é palestrante do HackTown, se é possÃvel que em algum momento o ser humano não consiga acompanhar a máquina.
"Esse é um ponto que tenho refletido desde 2009. A computação evolui a os largos e a gente não tem mais só um tipo de computador. São vários tipos de computadores e muitos surgindo todos os dias. E eu acredito que para responder essa pergunta a questão fundamental é: seria o nosso cérebro a única máquina biológica ou molecular capaz de computar e desenvolver processos mentais de alto nÃvel? Existe limite para a computação? A resposta a muito por aÃ".
Hack Town
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O homem do futuro vai precisar lidar com essa velocidade da tecnologia e se esforçar para ter uma visão fora do óbvio, já que com a capacidade das máquinas tudo vai parecer mais fácil. Porém, as experiências da vida, o relacionamento com o próximo e valorização de tudo que está ao redor vai continuar sendo o diferencial entre o homem e máquina. É preciso que os seres humanos trabalhem junto às máquinas e não que sejam comandados por elas.
O homem do futuro no HackTown
Não dá para falar sobre criatividade e inovação sem abordar como será o "homem do futuro". No HackTown 2022, que acontece entre os dias 15 a 18 de setembro, em Santa Rita do SapucaÃ, o tema será um dos destaques do festival e terá vai ter um espaço especial. É o que conta Marcos David, head de Tecnologia e Operações e um dos sócios do evento.
Veja a programação completa do HackTown
"Esse assunto vai ser muito abordado em vários espaços, mas, principalmente, no Espaço Elemento, que fica dentro da Escola Técnica de Eletrônica – ETE. O ambiente está sendo todo pensado baseado nos quatro elementos básicos da natureza (água, ar, fogo e terra), como na ancestralidade, onde entendÃamos o cosmos (o universo como um todo) como parte de nós".
HackTown
Coletivo fotográfico Hack Town
Para que essa troca de informações aconteça, o HackTown vai proporcionar palestras e também contará com a presença de várias etnias indÃgenas para compartilhamento de experiências, principalmente, sobre a natureza. Além disso, também terá a contribuição de escolas de existencialismo.
"Uma cidade inteligente não é construÃda somente com sensores em todos os lugares, câmeras, controles, inteligência artificial... Não é só isso. Uma cidade inteligente precisa de pessoas inteligentes e pessoas inteligentes, como já diz a própria etimologia da palavra inteligência, intelligere, que significa saber escolher, fazem isso. Os sensores e a tecnologia nos ajudam a escolher, mas o que é mais importante do que isso é a consciência de si mesmo e da vida", ressalta.
Sobre o Espaço Elemento
O Espaço Elemento, na Escola Técnica Eletrônica – ETE, contará também com a festa Sunrise na sexta-feira (16), das 06h às 09h.
O evento, que é aberto ao público, contará com yoga, meditação, pintura, cantos indÃgenas, bandas e apresentações de dança.