Em vídeo divulgado nas redes sociais, empresários dizem aos trabalhadores que "pensem em garantir o seu emprego para 2023" e pedem voto para o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu uma investigação para apurar a conduta de dirigentes de entidades lojistas de os (MG) por suposto assédio eleitoral.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, os presidentes da Associação Comercial e Industrial de os (ACIP), Renato Mohallem; do Sindicato do Comércio Varejista de os (SIND), Gilson Madureira e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Frank Lemos Freire, dizem aos trabalhadores que "pensem em garantir o seu emprego para 2023" votando no candidato à reeleição à presidência, Jair Bolsonaro (PL).
"Conscientize o seu colaborador da importância da manutenção da política econômica em vigor no nosso país atualmente", diz o presidente da ACIP, Renato Mohallem, em um dos trechos.
"Você que é nosso colaborador, pense nisso, pense em garantir o seu emprego para 2023", diz Gilson Madureira, do SIND, em outro trecho.
MPT abre investigação por suposto assédio eleitoral de dirigentes de entidades lojistas em os
Reprodução ACIP / Redes Sociais
Proposta de TAC
Segundo o Ministério Público do Trabalho, o caso é investigado como intimidação da liberdade política e da preservação do voto. Em audiência com o advogado dos representantes, foi proposto pelo MPT a realização de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que os vídeos sejam excluídos e uma retratação nos mesmos moldes seja feita.
A defesa terá até o dia 18 de outubro para se manifestar. Caso o TAC não seja firmado, os empresários poderão ser processados.
O assédio eleitoral consiste em utilizar do poder empresarial e econômico para intimidar, coagir, ameaçar, insistir e influenciar o voto dos trabalhadores empregados.
Segundo o MPT, em menos de 20 dias, foram abertos 30 procedimentos istrativos para investigar denúncias de assédio eleitoral por empregadores em Minas Gerais. Em todo o país, são cerca de 200 denúncias.
A produção da EPTV Sul de Minas, Afiliada Rede Globo, entrou em contato a defesa dos empresários, mas até a publicação desta reportagem, não houve retorno.