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Laticínio suspeito de vender manteiga adulterada em Pouso Alto MG, impedia entrada e contratou policiais para coagir fiscal, diz PF

Por Jornalista Alair de Almeida, Diretor e Editor do Jornal Região Sul em 21/10/2022 às 16:17:52
Investigação apontou que dois policiais militares aposentados foram contratados para coagir fiscal do Ministério da Agricultura. Investigadores da PF apontam que laticínio fazia produto à base de óleo vegetal

Representantes do laticínio suspeito de vender manteiga adulterada no Sul de Minas impediam a entrada de fiscais na sede da empresa, em Pouso Alto (MG), para realizar as inspeções de rotina. Segundo a Polícia Federal, militares aposentados chegaram a ser contratados para coagir um fiscal do Ministério da Agricultura.

Durante operação nesta quinta-feira (20), dois mandados de prisão e sete de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Pouso Alto e Itamonte (MG), além de cidades do Estado de São Paulo.

Em um armazém do laticínio, foram apreendidas 45 toneladas de manteiga adulterada. Os fiscais também encontraram 30 toneladas de margarina e uma tonelada de óleo vegetal, matéria-prima que teria sido usada na adulteração da manteiga.

Laticínio suspeito de vender manteiga adulterada em MG impedia entrada de fiscais e contratou policiais para coagir servidor, diz PF

"É uma conduta ilegal porque a manteiga tem que ser feita exclusivamente de base láctea, o consumidor quando compra espera que seja feita exclusivamente de creme de leite ou creme de soro, dependendo da manteiga. O que está acontecendo é que eles estavam vendendo gordura vegetal ou margarina como manteiga, a preço de manteiga, é uma fraude comercial, econômica ao consumidor", explicou o auditor fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Henrique Salgado.

Segundo as informações da unidade do Ministério da Agricultura, em Varginha, as suspeitas das possíveis irregularidades começaram em 2019, assim que o laticínio conseguiu o registro de funcionamento.

Fiscal ameaçado

Segundo a Polícia Federal, fiscais eram impedidos de entrar na sede da empresa para realizar as inspeções de rotina.

"Trancavam o portão, se escondiam ao fundo, não respondiam às demandas de fiscalização. Com a necessidade de fiscalizar a gente começou a realizar coletas de amostrar em varejo, supermercado, para fazer análise de detecção de fraude. Estávamos confiando que algo estava errado uma vez que não estávamos conseguindo realizar a fiscalização e essas análises vinham demonstrando a presença de gordura vegetal nessas manteigas", completou o auditor fiscal.

Laticínio suspeito de vender manteiga adulterada em MG impedia entrada de fiscais e contratou policiais para coagir servidor, diz PF

Polícia Federal

A partir daí, a Polícia Federal começou a investigar o caso.

"Constatamos uma presença de empresa de coleta de resíduos de óleo vegetal com frequência no laticínio e em paralelo a isso também verificamos presença de carretas de entrega de óleo vegetal. Isso nos causou estranheza porque o produto manteiga, a matéria-prima seria creme de leite e não óleo vegetal. Diante disso amos a pedir quebra de sigilos fiscais da empresa, e constatamos que existia uma evolução gigante, enorme, da aquisição dos insumos de óleo vegetal", disse o delegado da Polícia Federal, Fabrício Fernando Diogo Braga.

Durante as investigações, a Polícia Federal descobriu que dois policiais militares aposentados teriam sido contratados pela empresa para ameaçar um dos fiscais do Ministério da Agricultura.

Imagens mostraram um dos policiais caminhando armado para a casa do fiscal em uma cidade no interior de São Paulo. Em um outro vídeo, um carro aparece e segundo o delegado da PF, ele foi usado no dia da ameaça.

"As imagens demonstraram que ele estava armado, se dirigiu à residência do servidor que não estava presente, procurou um vizinho próximo e fez uma ameaça séria e até indicando o porque da ameaça, ameaça da morte, que caso o SIF de Pouso Alto viesse a ser cancelado, o F do servidor também seria cancelado", disse o delegado da PF.

Laticínio suspeito de vender manteiga adulterada em MG impedia entrada de fiscais e contratou policiais para coagir servidor, diz PF

Polícia Federal

Os dois homens suspeitos das ameaças foram presos na capital paulista. Já a sede do laticínio, em Pouso Alto e o armazém foram interditados.

Crimes investigados

As investigações da Polícia Federal continuam. Segundo o órgão, os crimes investigados neste caso são de associação criminosa, adulteração de produto alimentício e coação no curso do processo.

Segundo o auditor fiscal do Ministério da Agricultura, a empresa só poderá voltar a funcionar quando o problema for totalmente resolvido. O laticínio foi intimado a recolher os produtos que estão no mercado e comprovar em até 15 dias a documentação do recolhimento.

A produção da EPTV Sul de Minas, Afiliada Rede Globo, tentou contato com a empresa, que fica em Pouso Alto, mas até a publicação desta reportagem, não recebeu retorno.

Fonte: G1 Sul de Minas e Polícias Civil e Militar

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