Mulher de 51 anos teria se ado por esposa do idoso após morte da irmã da vítima. Ela e o homem de 26 anos deixavam o idoso vivendo nos fundos da casa sem água, comida, em meio a fezes e urina. Um casal foi preso na noite desta quarta-feira (18) suspeito de manter um idoso de 72 anos em cativeiro e em péssimas condições de cuidado e higiene para roubá-lo no Bairro Industrial Reinaldo Forest, em Varginha (MG). Segundo a Polícia Civil, a informação sobre a situação do idoso chegou após denúncia anônima.
De acordo com a Civil, o idoso morava com uma irmã, que faleceu recentemente. A partir disso, a suspeita, de 51 anos, teria se apoderado da casa do idoso, simulando ter se casado com ele e deixando-o fechado em um imóvel dos fundos.
Na casa principal, a mulher estaria com um amante, de 26 anos, que alegou ser seu "filho adotivo". O casal deixava o idoso vivendo nos fundos da casa em condições degradantes, sem água, comida, em meio a fezes e urina.
A polícia informou que a mulher não teria grau de parentesco com a vítima, mas já teria trabalhado em algum momento para a família do idoso.
Casal é preso suspeito manter idoso de 72 anos em cárcere privado para roubá-lo em MG
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a prova inicial indica que os autores agiam com finalidade econômica, ou seja, subtrair o imóvel, os móveis e os rendimentos do idoso. A perícia foi acionada e, além de confirmar as condições degradantes de manutenção do idoso, encontrou no local bebidas alcoólicas, resquícios de drogas, e, também, medicamentos possivelmente usados para dopar a vítima.
O caso foi registrado como roubo, agravado pela restrição da liberdade da vítima.
"A prova inicial, que deverá ser aprofundada, indica que os autores praticaram esse ato grave, que assemelha aos crimes praticados pelo serial killer mundialmente conhecido Charles Sobrhaj, unicamente com intuito de se apoderar do patrimônio da vítima. Assim, existindo indicativos de subtração de patrimônio e que para obter a vantagem econômica, os autores se valeram de recursos que impossibilitaram a resistência pela vítima, foi entendido que o crime registrado consistia em roubo, agravado, cuja pena prevista, mínima e máxima, superam, respectivamente, quatro e dez anos de reclusão", afirmou o delegado do caso, Dr. Alexandre Boaventura Diniz.
A vítima foi encaminhada para atendimento médico na UPA e os presos para a delegacia de plantão. O casal foi encaminhado ao presídio de Varginha e o delegado representou pela conversão da prisão em flagrante deles em prisão preventiva.