Mulher que morreu arrastada durante chuva em MG tentou atravessar enxurrada com bicicleta na zona rural

Aparecida Silva Rezende, de 51 anos, voltava para casa de bicicleta, quando, no meio da chuva, foi levada pela enxurrada em Cachoeira de Minas. Mulher que morreu após ser levada por enxurrada é velada em Cachoeira de Minas

O corpo da mulher que morreu após ser levada pela enxurrada da chuva em Cachoeira de Minas (MG) é velado nesta quarta-feira (1º) e deverá ser sepultado no Cemitério Municipal. Aparecida Silva Rezende, de 51 anos, voltava para casa de bicicleta, quando, no meio da chuva, foi levada pela enxurrada.

Ela foi levada pelas águas, ou por uma cerca de arame e foi parar em uma região de pasto. Moradores tentaram ajudar. A mulher foi socorrida e levada para o pronto-socorro da cidade, mas não resistiu.

"Foi coisa de três minutos, na hora que eu vi eu já saí correndo e vim. Só que eu tentei tirar ela, a água tava cobrindo, tentei tirar e não consegui. Chamei o marido dela, aí nós conseguimos, nós tiramos ela tava com vida ainda", disse o pedreiro Valdir Moreira Silva, vizinho que tentou ajudar Aparecida.

O marido de Aparecida, ainda muito emocionado, lamentou a morte da companheira. "Não existia mulher melhor que ela, trabaiadeira (sic), alegre, tinha problema nas pernas, sempre sorrindo, sempre fazendo crochê, uma grande companheira, que eu perdi. Ela se foi, mas meus filhos tão aí, tenho que cuidar deles", disse o marido de Aparecida, Ademir Pereira Resende.

Mulher de 51 anos morre afogada após ser arrastada pela enxurrada da chuva em MG

Reprodução / Redes Sociais

A chuva durou 40 minutos, mas foi o suficiente para causar vários estragos e deixar ruas alagadas. Casas também foram invadas pela água, muros caíram e até uma árvore de grande porte caiu por causa da chuva.

A Defesa Civil reforçou os cuidados e o alerta para que as pessoas não tentem enfrentar enxurradas durante temporais.

"Apelar de novo para quando acontecer chuvas fortes, não sair na chuva, se estiver na rua tentar esconder em um local mais próximo o mais rápido possível e principalmente, não enfrentar enxurradas porque a gente não sabe o quão a chuva é forte", disse a coordenadora da Defesa Civil, Eugênia Fernanda Costa.