Só nos dois primeiros meses deste ano, os já registrou mais da metade de todos os casos que foram notificados em todo o ano ado. A Câmara Municipal de os (MG) convocou uma reunião com autoridades sanitárias para discutir os motivos da alta de casos de dengue na cidade e as ações promovidas pela prefeitura. Ficou constatado que o municÃpio não atingiu metas de fiscalização e que 32 pontos de risco não receberam nenhuma visita de agentes neste ano.
Só nos dois primeiros meses deste ano, os já registrou mais da metade de todos os casos que foram notificados em todo o ano ado.
"A gente tem encontrado bastante material de construção, baldes, garrafas, latas e mesmo um balde trancado, fechado, a própria tampa em cima ainda pode parar água, por causa desse volume de chuva", disse o agente de combate a endemias, Douglas Madson Silva.
Falta de visitas a pontos de risco podem ter contribuÃdo para aumento de casos de dengue em os
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os registrou 1.612 casos prováveis de dengue desde o começo do ano. O número representa 53,7% dos casos notificados em todo o ano ado.
Uma reunião da Comissão de Saúde da Câmara Municipal com participação de autoridades sanitárias do municÃpio buscou encontrar maneiras de conter o avanço da dengue na cidade.
Além disso, ficou constatado que o municÃpio não atingiu metas de fiscalização e que 32 pontos de risco não receberam nenhuma visita de agentes neste ano.
"O cemitério, borracharias, ferro-velho, esses pontos precisam ser visitados a cada 15 dias, são duas visitas ao mês, totalizando 64 visitas. No ano de 2022, nenhum mês foi atingida a meta de visitas, inclusive teve quatro meses de 2022 que não foi realizada nenhuma visita. Neste ano, em janeiro, não foi realizada nenhuma visita nos pontos estratégicos e em fevereiro não foi realizada", disse o presidente da Comissão de Saúde, do Podemos, Francisco Sena.
Conforme dados apresentados pela Superintendência Regional de Saúde, as visitas às casas não atingiram o mÃnimo de 80% no primeiro, terceiro, quarto e sexto ciclos. Já no primeiro bimestre deste ano, o número está em 32%.
Reunião na Câmara de os discute ações no combate à dengue na cidade
"É claro que ainda precisa encerrar o mês de fevereiro, mas esperamos que o municÃpio intensifique essas visitas domiciliares. O ideal, a meta é 80%, mas precisamos que o municÃpio atinja 90%, 100% de visitas, porque se ficar atingindo menos que a meta, contribui muito pra essa proliferação da dengue", disse o presidente da comissão.
Algumas medidas foram sugeridas na reunião. Entre elas, revisão do valor da multa aos donos de lotes sujos, que hoje é de R$ 1 por metro quadrado. Quando o municÃpio faz a limpeza, o valor da multa é de R$ 1,50 o metro quadrado.
"Não está compensando para o dono de terreno, não está fazendo a limpeza, porque compensa muito mais pagar a multa, do que fazer a limpeza. Então precisamos rever essa legislação, aumentar esse valor de multa, porque muitas pessoas utilizam terrenos como terrenos de engorda, o mato fica crescendo, isso atrai animais peçonhentos e também contribui muito para a proliferação da dengue", completou Francisco Sena.
Segundo o diretor de Saúde Coletiva, as visitas às casas estão abaixo de 80% em alguns ciclos devido à dificuldade em encontrar o morador.
"Esses Ãndices foram estudados e o que estamos fazendo hoje, a gente vai intensificar as visitas nos finais de semana, inclusive nos feriados, porque a maioria das vezes coincidente, o horário que o agente a é o mesmo horário que o morador está trabalhando, então acaba que tem esse desencontro. E a gente intensificando essas ações para os finais de semana, a gente vai conseguir atender essa demanda", disse o diretor de saúde coletiva, Bruno Teixeira Guimarães.
Ainda segundo o diretor, os pontos estratégicos foram visitados, mas a falta de inseticida inviabilizou o trabalho, por isso os números não foram contabilizados.
"Desabastecimento desse inseticida deixou de se cumprir esses pontos estratégicos por esse motivo. Chegamos (a visitar os pontos estratégicos) mas fizemos apenas parte do tratamento", completou.
Ainda assim, os agentes que estão nas ruas têm feito o trabalho. Mas sozinhos, fica difÃcil de vencer a batalha contra a dengue.
"O mosquito está ficando mais resistente a várias coisas. Antigamente era difÃcil encontrar o mosquito em uma vasilha com vestÃgio de óleo, com vestÃgio às vezes de algum produto quÃmico. Hoje em dia ele está conseguindo sobreviver um pouco mais a isso, às vezes é um balde que ainda tem um pouquinho de óleo ele consegue resistir, a sujeira, antes era só água limpa, hoje em dia água suja ele também ele está, então está amplificando mais a força dele e isso está prejudicando o combate", disse o diretor de saúde coletiva.
"Então o objetivo é esse, a pessoa evitar de deixar o máximo de coisa possÃvel no seu quintal, colocar em local coberto, em uma área fechada, para que não possa dar chance pra chuva encher os reservatórios e fazer essa limpeza também dos locais"
A Superintendência Regional de Saúde de os informou que o inseticida utilizado nos pontos estratégicos nunca esteve em falta e que o municÃpio solicitou esse inseticida pela última vez somente em abril de 2022. Já o diretor de Saúde Coletiva, Bruno Teixeira Guimarães, afirmou que foi informado pela sua equipe que o veneno estava em falta.