
Pelo menos dois investigados tiveram o habeas corpus concedido nesta terça-feira (10); operação apurou fraudes no Detran em Varginha e Elói Mendes. Pelo menos duas pessoas presas durante a "Operação Ãxodo", que investiga fraudes no Detran em Varginha e Elói Mendes, conseguiram habeas corpus no Tribunal de Justiça de Minas Gerais nesta terça-feira (10). A informação foi confirmada pelos advogados dos investigados.
Segundo o advogado Gustavo Chalfun, o TJMG concedeu por unanimidade a ordem de habeas corpus para o policial civil Cosme Silva de Paula. Conforme o advogado, o policial deverá ser liberado entre esta terça e quarta-feira do PresÃdio de Elói Mendes.
O advogado Fábio Gama também confirmou que o despachante Manoel Messias Rosa teve o habeas corpus concedido. A expectativa é que ele possa sair do PresÃdio de Elói Mendes ainda nesta terça-feira.
A "Operação Ãxodo 23" prendeu 16 pessoas entre servidores, investigadores e até um delegado de trânsito em Varginha e Elói Mendes.
Delegacia amanhece fechada após operação que desvendou esquema do Detran
Reprodução EPTV
Investigações
O MP aponta esses servidores e pelo menos 11 despachantes e funcionários dessas empresas como suspeitos de um esquema de pagamento de propina de vistorias, emplacamento e lacre de veÃculos irregulares, além de inserção de dados falsos no sistema para apagar histórico de veÃculos de leilão e com sinistro.
Para chegar até os investigados, o MP fez interceptações telefônicas. Novos áudios mostram que havia uma forma de agilizar os serviços. Além dos áudios, a denúncia tem vÃdeos que mostram flagrantes de supostas vistorias ao ar livre, fora do departamento de trânsito, o que não é permitido. Outras imagens mostram um despachante no pátio do Detran fazendo uma vistoria.
De acordo com o Ministério Público, o grupo estaria dividido em três núcleos:
receptadores: que compravam carros em leilões de seguradoras e depois adquiriam carros roubados para retirar as peças e montar um carro novo.
agentes públicos: recebiam vantagens indevidas para fazer vistorias e retirar do sistema do Detran as informações dos sinistros dos veÃculos comprados nos leilões.
despachantes: eram os responsáveis por toda a documentação e por dividir o dinheiro da propina.
Vistoria em veÃculos era feito fora de órgão credenciado em Varginha (MG)
Reprodução/EPTV
Prisões
Onze pessoas continuavam presas, sendo nove no PresÃdio de Elói Mendes e outras duas no PresÃdio de Varginha.
Três funcionários públicos, que são investigadores da PolÃcia Civil, foram levados para a Casa de Custódia de Belo Horizonte e o delegado de trânsito, Antônio Carlos Buttignon, detido durante a operação, cumpria prisão domiciliar.
Operação do Ministério Público investiga corrupção em vistoria de veÃculos em MG
Reprodução/EPTV
O que dizem os envolvidos
Segundo a PolÃcia Civil, assim que vencer o perÃodo de prisão dos servidores, eles serão remanejados de funções bem diferentes das exercidas dentro da instituição.
A Prefeitura de Varginha informou que um servidor envolvido foi cedido ao Estado de Minas Gerais mediante convênio a pedido da PolÃcia Civil, a qual estava subordinado. Conforme a istração, não cabe à prefeitura neste momento fazer juÃzo de valor. Ela vai aguardar os avanços da investigação para verificar a necessidade de instaurar processo istrativo para as providências necessárias.
O advogado do delegado Antônio Carlos Buttignon, Juliano Comunian, disse que analisa as acusações em seu desfavor, mas adianta que o seu cliente nega veementemente todas elas e que provará oportunamente que todas são inverÃdicas, pois nunca recebeu qualquer dinheiro ilÃcito ou autorizou qualquer pessoa a receber em seu nome, não existindo provas em sentido contrário.
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