
Respirador desenvolvido em instituto de tecnologia vai ajudar doentes graves
Alunos e professores do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí (MG), criaram um modelo de respirador que pode ajudar pacientes em estado grave por conta do coronavírus. O projeto é de um modelo com sistema eletrônico que torna a emissão de gases mais precisa.
O protótipo foi desenvolvido em três semanas. Nos hospitais, há dois tipos de respiradores. Um é com balão que funciona com força mecânica e outro eletrônico, similar ao desenvolvido pelos pesquisadores do Inatel.
Segundo o setor de pesquisa, o diferencial do aparelho é a substituição de componentes importados pela tecnologia brasileira, o que impacta no custo final, que será de R$ 34 mil. Segundo o Inatel, o preço de respiradores em média é de R$ 60 mil.
"A gente redesenhou algumas partes desse sistema, como válvulas de controle, sensores, de forma que se a indústria quando fosse produzir essa tecnologia, tivesse dificuldade de comprar os componentes tradicionais, ela teria a engenharia pra poder desenvolvê-los", explicou o coordenador da pesquisa do Inatel, Filipe Bueno Vilela.
O protótipo é composto por um que controla a pressão e a troca de gases, o que garante o oxigênio ao paciente com insuficiência respiratória.

"A gente fez um trabalho intenso com os alunos e foi gratificante ter esse resultado tanto pra gente poder dar uma contribuição da universidade de da engenharia pra sociedade, como pra formação dos alunos. A gente desenvolveu um recurso que pode chegar aos hospitais para atender essa demanda".
A expectativa é que o produto chegue em breve ao mercado hospitalar, com uma parceria com uma empresa e um financiamento do Governo Federal, que irá apoiar a iniciativa. A previsão é que o primeiro lote seja entregue em 80 dias.
Após o primeiro lote, a expectativa é que sejam produzidos 100 respiradores por dia. "Foi importante aplicar os conhecimentos da faculdade e conseguirmos realizar uma ação pra lutar contra o coronavírus e causar um impacto positivo na sociedade", disse o aluno Paulo Imbroisi.
Ainda segundo o aluno, o trabalho continua com testes e otimização do software.