A reunião de vereadores que aprovou a abertura do processo foi realizada na segunda-feira (26).
A proposta foi feita por Andressa Daiany da Silva Arantes (em mandato coletivo pelo PT),
Pedro Gama (PV) e Robson Vaz (PSDB). Todos os vereadores votaram a favor da abertura do processo.

Nilo Baracho, vice-prefeito de Itajubá, MG — Foto: Divulgação/Prefeitura de Itajubá.Preso por corrupção pode ser cassado pela Câmara
Durante a sessão, foi realizado sorteio para composição da Comissão Processante. Ficou decidido que a os vereadores Sebastião Silvestre (MDB) vai presidir da comissão.
Markinhu Meireles (PSD) será o relator e Rafael Rodrigues (UB) membro.
A Comissão Processante tem, agora, o prazo de 90 dias para conduzir o processo e decidir se a cassação será levada para votação de todos os vereadores.
A defesa de Baracho disse, por nota enviada à EPTV, afiliada TV Globo, que não foi notificada e nem teve o aos autos do processo de cassação.
Prisão do Vice-Prefeito
O vice-prefeito de Itajubá, Nilo Baracho, foi preso durante duas operações contra corrupção deflagradas no dia 20 de fevereiro em Itajubá pelo Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar.
As ações investigam desvios de recursos públicos e privados do Hospital de Clínicas e o superfaturamento de serviços da frota veicular de secretarias municipais.
Um empresário e outros quatro es do hospital também foram presos.
As operações foram nomeadas de Transfusão, comandada pelo Ministério Público e Sepulcro Caiado, comandada pela Polícia Civil.
Foram expedidos 11 mandados de prisão, sendo quatro preventivas e sete temporárias, além de 25 de busca e apreensão.
Os mandados foram cumpridos em Itajubá, Campos do Jordão (SP) e São José dos Campos (SP).

MP, Polícia Civil e Polícia Militar faz operação contra corrupção em Itajubá, MG — Foto: Ministério Público
De acordo com a Polícia Civil, além das prisões, foram apreendidos dinheiro, joias, celulares, veículos e documentos.
O que dizem os envolvidos
Por meio de nota, a prefeitura informou que "segue à disposição para colaborar com quaisquer investigações que apurem irregularidades.
A prefeitura conta com a imparcialidade dos investigadores para prosseguir com o trabalho sério desenvolvido nos três últimos anos".
Em nota divulgada nas redes sociais, o Hospital de Clínicas de Itajubá disse que o corpo clínico e os colaboradores do HCI acreditam na ação da justiça e no breve esclarecimento dos fatos.
O hospital também disse que as recentes notícias não vão interferir no atendimento da unidade.
Já as defesas dos outros es do hospital, também investigados na operação, informaram que o processo ainda corre em segredo de Justiça, mas que, no momento oportuno, tudo será devidamente esclarecido.
O advogado Willys Vilas Boas Júnior, que defende Nilo Baracho e outros cinco investigados, informou, na data da prisão, que ainda não teve o aos autos do processo e, por conta disso, não pode se manifestar de maneira técnica e precisa sobre os fatos.